Bypass ou sleeve? Entenda a diferença entre essas duas técnicas de cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica pode ser realizada de algumas maneiras diferentes. O bypass gástrico e o sleeve gástrico são duas dessas técnicas utilizadas e que, apesar de diferentes, têm o mesmo objetivo: reduzir o estômago e melhorar o metabolismo do paciente.
O que é e como funciona o bypass?
Também conhecido como gastroplastia, o bypass é uma das técnicas mais utilizadas no mundo, principalmente pela sua eficácia. Com ele, é possível eliminar grande parte do excesso de peso do paciente e mantê-lo a longo prazo, graças à redução na produção de grelina, hormônio ligado à fome.
Nesse procedimento o estômago é reduzido e começa a comportar aproximadamente 50 ml de alimento, fazendo com que o paciente não consiga ingerir grandes quantidades de comida de uma só vez. O método também envolve a criação de um desvio do trânsito intestinal, chamado de Y de Roux, encurtando o trânsito intestinal, o que diminui a absorção de calorias.
Se realizada por videolaparoscopia ou cirurgia robótica, a cirurgia quase não deixa marcas.
Método sleeve
O método sleeve, também conhecido como gastrectomia vertical, é uma técnica minimamente invasiva realizada por vídeo ou robô, com pequenas incisões no abdômen do paciente.
Nela, o estômago é cortado em sentido vertical, removendo todo o fundo e a grande curvatura gástrica, transformando-se em um tubo que comporta cerca de 80 a 100 ml de volume. Como as células do fundo gástrico são produtoras de grelina, o hormônio da fome, sua retirada promove uma diminuição do apetite.
Diferenças entre sleeve e bypass
A principal maneira entre esses dois métodos está na forma como o estômago é manuseado. No caso do bypass, a redução gástrica é maior do que no método sleeve, além de ser feito o desvio intestinal, que é responsável por uma melhora superior dos distúrbios metabólicos.
No método sleeve, os alimentos ingeridos seguem o seu caminho original. Por ter uma menor manipulação das alças intestinais, essa técnica tem um impacto menor na absorção de nutrientes e minerais, apresentando menores taxas de anemia e deficiência de vitaminas.
Não existe uma técnica melhor que a outra – as duas são muito eficientes, e, na verdade, o que é preciso é levar em consideração as necessidades de cada paciente. Com isso, o cirurgião decidirá qual técnica é mais adequada para cada um.
Fonte: Medical Site
04 de Agosto de 2022
