Cirurgia bariátrica pode melhorar a apneia do sono
A obesidade já é considerada um problema de saúde pública no Brasil, e um a cada quatro brasileiros maiores de 18 anos está obeso, o que equivale a 41 milhões de pessoas. Se formos considerar o sobrepeso, o número é ainda melhor: 96 milhões!
A cirurgia bariátrica é considerada um dos tratamentos mais indicados para tratar a obesidade, desde que recomendada por um médico especializado. Porém, ela não pode ser considerada uma forma rápida de perda de peso e também não é indicada para quem quer perder os quilinhos a mais. O pós-operatório da cirurgia é delicado e exige uma série de cuidados, já que mexe na anatomia do corpo e causa mudanças intensas no organismo.
A obesidade traz consigo o risco aumentado de uma série de doenças, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e apneia do sono. Esta última, bastante comum em quem tem sobrepeso ou obesidade, costuma apresentar melhoras significativas após a realização da bariátrica.
A apneia do sono é um dos distúrbios do sono mais comuns em pessoas que estão fora do peso normal, sendo caracterizada por paradas respiratórias durante o sono, barrando a passagem de ar que podem durar de 10 a 40 segundos, o que pode, dependendo da gravidade do caso, levar a pessoa ao óbito.
A relação da obesidade com a apneia do sono é um ciclo: por ter mais gordura na nas paredes da garganta e na língua, é normal que a obesidade cause apneia. Por outro lado, a apneia também pode causar obesidade, já que diminui a qualidade do sono e faz com que a pessoa coma para repor as energias que não foram recuperadas durante o sono.
Mesmo com apneia e obesidade, somente a avaliação do médico poderá decidir se o paciente pode ou não se submeter ao procedimento. Para isso, são necessários alguns exames, como a medição dos níveis hormonais, da massa corporal do paciente e, especialmente, o grau da apneia do sono que ele enfrenta.
Fonte: Medical Site
03 de Fevereiro de 2022
