A obesidade é uma doença crônica, que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo - precisamente, quase dois terços da população mundial. No Brasil, segundo dados do IBGE, há cerca de 27 milhões de pessoas consideradas obesas. Ou seja, praticamente uma epidemia. Mas o que exatamente escondem esses números? Conheça agora algumas peculiaridades e curiosidades sobre a obesidade:

1) A obesidade é definida pelo índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais. Porém, o IMC não é a melhor ferramenta para essa medição, já que é preciso considerar individualidades de gênero, renda e relações sociais. Ou seja, a obesidade pode ser mais grave em um grupo que outro.

2) A obesidade reduz a expectativa de vida. Mesmo que o IMC não seja a melhor forma de classificar a obesidade, ainda é a mais aceita. Assim, a obesidade moderada (IMC 35 a 39,9) diminui o tempo de vida de 2 a 4 anos, enquanto a obesidade grave ou mórbida (IMC acima de 40) é capaz de reduzir a expectativa em uma década. Essa correlação da expectativa de vida com a classificação da obesidade também interfere na escolha do tratamento, especialmente se deve ser clínico ou cirúrgico.

3) A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais predisposição a desenvolver doenças cardíacas (hipertensão), metabólicas (diabetes), articulares (artrose e artrite), urológicas (pedra na vesícula) e gástricas (tumores de intestino). Até aí, nenhuma novidade. O ponto é que esses fatores de risco podem servir para entender a gravidade da situação do paciente.

4) A indústria alimentícia investe na manutenção da obesidade, agindo hoje como a indústria do tabaco no passado. Além de ser apoiada por trabalhos científicos que corroboram seus produtos sem apresentar contrapartidas, as empresas alimentícias pagam para ter sua mercadoria visível nas prateleiras dos supermercados - o que responde por 30% das vendas. Infelizmente, não temos o total controle do nosso consumo como gostaríamos.  

5) O hábito de lanchar é recente, mas prejudicial. Até a segunda guerra, este era um comportamento atípico. Hoje é uma das grandes causas da obesidade e um importante setor de crescimento na indústria de alimentos e bebidas. De acordo com Barry Popkin, professor de nutrição da Universidade da Carolina do Norte, crianças norte-americanas estão comendo praticamente, de forma contínua, três lanches por dia além das refeições normais.

6) O cérebro é o responsável pela saciedade, não o estômago. Até certo ponto, a fome é psicológica. Prova disso é que, quando comemos em frente à televisão ou ao computador, não estamos dando atenção completa. Assim, o cérebro não registra a quantidade ingerida e nós temos a sensação de ainda estar com fome.

A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização sobre a importância de praticar atividade física e adotar uma alimentação balanceada. O estilo de vida sedentário, as refeições calóricas e pouco nutritivas, precipitam o número pessoas obesas em todas as partes e faixas etárias. Obesidade tem tratamento, busque ajuda!

Fonte: Medical Site