Há algumas décadas atrás, a comunidade médica começou a observar uma peculiaridade nas cirurgias bariátricas: pacientes diabéticos que eram submetidos à operação - a princípio, para tratar exclusivamente da obesidade - também melhoravam os índices de glicemia. O curioso fenômeno desencadeou uma infinidade de estudos e observações até chegar ao conceito do que hoje conhecemos por “cirurgia metabólica”.

Em termos de procedimento, a cirurgia metabólica segue quase os mesmos padrões da bariátrica, mas com foco nas comorbidades da obesidade e não somente na obesidade em si. A finalidade primordial é tratar essas outras doenças, indo da hipertensão ao diabetes tipo 2 e suas complicações, que incluem problemas oculares, renais e cardiovasculares como as principais causas de morte no paciente diabético.

Define-se, então, cirurgia metabólica como qualquer intervenção no tubo digestivo, cuja finalidade é o controle do diabetes do tipo 2 e de outras doenças associadas tanto à diabetes quanto à obesidade. O tratamento acontece por mecanismos independentes da perda de peso, mas também indiretamente pela perda de peso. Como qualquer outra doença que poderia ser amenizada por um volume corporal menor, como a hérnia de disco da coluna, por exemplo.

A cirurgia metabólica considera toda a conjuntura da obesidade como uma limitação da qualidade e da expectativa de vida. Assim, pode ser lida como mais uma opção terapêutica, caso o tratamento clínico não apresente resultados.

Fonte: Medical Site