Quais são os riscos da Lorcaserina, a pílula contra a obesidade?
Uma das últimas novidades do mercado no tratamento contra a obesidade é um medicamento que age numa região específica do cérebro e aumenta a saciedade depois das refeições, além de acelerar o metabolismo. O cloridrato de lorcaserina é uma simples pílula aprovada desde 2016 tanto para adultos obesos com índice de massa corporal (IMC) superior a 30kg/m² quanto para pacientes com sobrepeso e IMC acima de 27 kg/m² ou ao menos uma doença relacionada à obesidade, como diabetes, hipertensão e colesterol alto.
Endocrinologistas garantem que se trata de uma opção segura e efetiva, que permite individualizar o tratamento e uma rápida perda de peso, mas chamam atenção para um detalhe importante: não se trata de milagre. Ou seja, não exclui a necessidade de dieta e exercícios físicos. Sozinho, o remédio não garante resultados duradouros e só deve ser cogitado depois de uma avaliação minuciosa do paciente.
Os efeitos colaterais incluem tontura, dor de cabeça, fadiga, náuseas, aumento da frequência cardíaca, hipoglicemia, infecções respiratórias, sinusite, nasofaringite, depressão, ansiedade e até propensão ao suicídio nos predispostos. Tanto em mulheres quanto em homens também há casos de inchaço das mamas, secreção mamilar ou ereção superior a 4 horas. Na Europa a droga não foi aprovada justamente porque existem preocupações sobre o risco de tumores, desordens psiquiátricas e problemas nas válvulas cardíacas.
A lorcaserina é especialmente contraindicada para: quem tem hipersensibilidade aos componentes da fórmula; mulheres grávidas ou lactantes e menores de 18 anos. O medicamento não pode ser utilizado junto com outras drogas que atuam na serotonina, como remédios para enxaqueca ou depressão, por exemplo. É imprescindível que seja utilizado somente com receita médica e não deve ser para qualquer indivíduo.
Fonte: Medical Site
10 de Outubro de 2019
