As consequências da obesidade para a saúde podem ser mais graves que a doença em si. Como é sabido, uma das formas de reduzir o peso é pela cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como "redução de estômago". Até aí, nenhuma novidade, bem como o próprio método da fluorescência, já conhecido há bastante tempo em muitos lugares do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos.

A cirurgia continua basicamente a mesma, o método da fluorescência consiste apenas em injetar um medicamento brilhante nos tecidos do paciente - o que acaba refletindo a vascularização dos órgãos. Assim, os cirurgiões conseguem ver se a circulação está boa, identificar falhas e corrigi-las na hora. O artifício aumenta a segurança cirúrgica e diminui os riscos pós-operatórios, como o desenvolvimento de fístulas (orifício ou canal patológico que permite a passagem de matérias orgânicas, como pus, urina ou fezes) e isquemias (suspensão da circulação sanguínea no local).

Como a bariátrica é feita pelo "grampeamento" do estômago, reduzindo a capacidade de armazenamento do órgão, há possibilidade de que esse grampeamento se rompa, causando infecções e outras complicações gravíssimas. Mas se estiver bem perfundido, ou seja, feito de maneira que qualquer líquido orgânico atravesse os tecidos ou órgãos lenta e continuamente, a cicatrização acontece de maneira tranquila e o paciente terá um bom resultado. Esse risco é ainda menor quando se utiliza o método da fluorescência.

Lembrando: a cirurgia de redução do estômago não é indicada para qualquer pessoa, somente para aquelas com Índice de Massa Corporal (IMC, razão entre peso e altura) acima de 40 ou acima de 35 somado a alguma comorbidade, como hipertensão e diabetes. É imprescindível que antes da cirurgia o paciente seja avaliado por uma equipe multidisciplinar formada por cirurgião bariátrico, endocrinologista, psicólogo, cardiologista e nutricionista. Somente depois deste processo ele se torna elegível para o procedimento.

Fonte: Medical Site